boa noite. ou bom dia. ou qualquer coisa entre as duas.
Este blog nasce da necessidade insuportável de registrar a decadência com certa graça.
preciso escrever porque já não consigo existir apenas.
preciso guardar o que sinto, antes que isso me engula.
se você chegou aqui, talvez sinta o mesmo.
sempre fui movida por diários, virtuais ou não. vivi intensamente a era dos blogs, a explosão do tumblr, os gifs granulados de filmes trágicos com legendas sentimentais, as fotos de meninas trêmulas fumando no espelho, as estéticas de colapso.
eu fui essa menina — e continuo sendo, de um jeito mais medicado, mais faminto e mais confessional.
voltar a escrever aqui, num espaço só meu, é uma tentativa de reunir tudo o que ainda dói e ainda pulsa.
isso aqui é meu abrigo. meu altar profano. meu hospitalzinho cor-de-rosa.
voltar a escrever aqui, num espaço só meu, é uma tentativa de reunir tudo o que ainda dói e ainda pulsa.
isso aqui é meu abrigo. meu altar profano. meu hospitalzinho cor-de-rosa.
vou falar sobre o que sei:
psiquiatria, internações, rótulos e recaídas.
transtornos alimentares, jejum, corpos que pesam e não pesam.
filmes e livros que me rasgaram ao meio: garota interrompida, garota exemplar, a redoma de vidro, garotas de vidro, as virgens suicidas, meu ano de descanso e relaxamento, pearl, possessão, cisne negro, lolita...
moda, vício, anorexia estética, maquiagem como armadura, coca zero como religião.
um pouco de poesia. um pouco de sarcasmo.
muito de mim — e talvez de você também.
não tenho promessas, só palavras soltas.
moda, vício, anorexia estética, maquiagem como armadura, coca zero como religião.
um pouco de poesia. um pouco de sarcasmo.
muito de mim — e talvez de você também.
não tenho promessas, só palavras soltas.
talvez eu desapareça. talvez eu escreva todo dia.
mas hoje, estou aqui.
e por hoje, isso basta.